Após aparecer em um vídeo supostamente trocando embalagens de produtos para pagar um valor menor em uma loja da Havan, em Manaus, o secretário de Infraestrutura de Presidente Figueiredo, Cláudio José Ernesto Machado, conhecido como “Engenheiro Machadão”, foi exonerado do cargo nesta segunda-feira, 14.
A gravação foi divulgada no domingo, 13, pelo empresário Luciano Hang, proprietário da rede varejista, como parte de uma série de vídeos que expõem casos de supostos furtos em unidades da loja. O registro mostra um homem, identificado como Cláudio Machado, manuseando produtos e embalagens na unidade localizada no bairro Flores, em Manaus.
Veja a publicação da Havan:
Amostradinhos de março 🚨⚠️
Chegou o momento mais esperado! Vem conferir os amostradinhos que passaram pela Havan no mês passado.
Tem cada caso… Uma roubou e agrediu nossa equipe, outro trocou as caixas do produto pra tentar pagar mais barato, entre tantos outros!
Aqui na… pic.twitter.com/90yKOUhAc2
— Luciano Hang (@LucianoHangBr) April 13, 2025
Diante da repercussão do caso, a Prefeitura de Presidente Figueiredo optou pela exoneração imediata do secretário, medida confirmada no mesmo dia da divulgação do vídeo.
Cláudio Machado é natural de Manaus e possui uma longa trajetória no serviço público, com passagens pelos Correios, Exército e Marinha. Em 2022, foi candidato a vice-governador do Amazonas pela chapa de Carol Braz (PDT).
Por meio de nota, o ex-secretário negou as acusações e afirmou que pagou pelo produto adquirido, que estaria lacrado no momento da compra. Ele também destacou que não foi abordado por nenhum funcionário da loja durante sua permanência no local.
“O que foi comprado foi pago. No momento do pagamento o produto estava lacrado e a funcionária do caixa não observou nenhuma irregularidade”, disse. Ele afirmou ainda que busca reparação judicial pela exposição pública e pelos danos causados à sua imagem.
Confira a nota na íntegra:
“Em recente vídeo divulgado nas redes socias, fui exposto de forma vexatória por um estabelecimento comercial em Manaus, que de forma irresponsável me qualifica como criminoso, ao afirmar que cometi um furto.
O que foi comprado foi pago. No momento do pagamento o produto estava lacrado e a funcionária do caixa não observa nenhuma irregularidade ou violação na embalagem, caso contrário teria sido indagado.
Durante todo o percurso não fui abordado por nenhum funcionário. Logo, não posso ser acusado de criminoso.
Já estou buscando na justiça que as medidas cabíveis sejam tomadas e que a empresa e seu proprietário reparem de alguma forma a exposição e os danos causados a mim”.