O Governo de Roraima exonerou o ex-reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), Regys Freitas, do cargo de controlador-geral. Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação informou que a decisão foi tomada após a deflagração da Operação Cisne Negro, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Universidade Estadual de Roraima (UERR).
Regys Freitas comandou a universidade entre os anos de 2016 e 2023. De acordo com as investigações, durante sua gestão teriam ocorrido práticas ilícitas envolvendo contratos com empresas de engenharia, incluindo o direcionamento de licitações e superfaturamento de serviços contratados.
A PF estima que o esquema causou um prejuízo superior a R$ 100 milhões aos cofres públicos, com indícios de enriquecimento ilícito de membros da suposta organização criminosa.
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social do Governo de Roraima confirmou a exoneração de Regys Freitas do cargo de controlador-geral e afirmou que a gestão da UERR é a principal interessada na elucidação dos fatos. O governo também declarou que a universidade está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Operação Cisne Negro
A Operação Cisne Negro é um desdobramento da Operação Harpia, deflagrada em 2023, quando a PF apreendeu R$ 3,2 milhões em espécie ligados a uma licitação de R$ 16 milhões na UERR. A defesa de Regys Freitas alegou regularidade no processo, que foi republicado por erro técnico. A operação desta segunda-feira (8) cumpriu mandados de busca, bloqueio de bens, apreensão de veículos e aplicação de tornozeleiras eletrônicas.