Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 1º, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), alguns deputados cobraram esclarecimentos do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), sobre a crise na saúde do município. O principal alvo das críticas foi o esvaziamento do pronto-socorro municipal, inaugurado há menos de um ano ao custo de R$ 20 milhões, mas sem atendimento adequado à população.
“O município pede socorro, as pessoas estão vivendo uma situação calamitosa. Quem precisa de atendimento médico e mora em Ananindeua hoje depende de Belém ou do estado”, afirmou o deputado Fábio Figueiras (PSB), destacando o pedido do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por intervenção estadual na saúde.
Eliel Faustino (União Brasil) criticou a falta de funcionamento da unidade. “É o único PS da Região Metropolitana sem uma pessoa na porta, e não faz sentido, porque o que mais a gente recebe no gabinete é pedido de ajuda para leito, para internação. E lá não funciona”, disse.
O deputado Iran Lima (MDB) reforçou que os recursos da Saúde não podem servir para enriquecimento próprio. “Em Ananindeua se desapropriou um hospital que funcionava, apesar dos problemas, e agora esse PS parece que ainda não abriu. É uma vergonha administrar dessa forma”, afirmou.
O pronto-socorro foi projetado para atender até 2.250 pacientes por mês, mas segue sem utilização plena. A Câmara Municipal deve solicitar informações sobre o fluxo de pacientes e a gestão dos recursos destinados à saúde.