O deputado estadual Lucas Souza (PL) apresentou uma indicação parlamentar ao governador Antonio Denarium (PP), solicitando o reajuste dos subsídios dos militares estaduais, conforme previsto na Lei Complementar nº 224, de 28 de janeiro de 2014. Em trecho do documento, o parlamentar argumenta que a remuneração da categoria está defasada há mais de 10 anos, afetando diretamente a qualidade de vida dos profissionais da segurança pública.
Na justificativa da proposta, Lucas Souza destaca que os militares estaduais desempenham um papel essencial na manutenção da ordem e da segurança da população. “Diariamente, esses profissionais enfrentam situações de extrema tensão e risco, colocando suas vidas em perigo para garantir a ordem pública”, afirmou. Segundo ele, a defasagem salarial compromete a motivação e o desempenho desses agentes.
A Associação dos Oficiais do Estado de Roraima (ASSOER) também protocolou uma proposta na Casa Civil do governo estadual, apresentando três opções de reajuste salarial. O documento detalha os aumentos concedidos em outras unidades da federação e demonstra que a recomposição salarial estaria alinhada aos parâmetros regionais.
“Diversos estados já concederam ou estão em processo de reajuste das remunerações das forças militares, reconhecendo a necessidade de recomposição salarial para garantir condições dignas aos profissionais da segurança pública”, destacou o deputado.
O parlamentar defendeu ainda que a valorização salarial dos militares estaduais refletirá diretamente na segurança pública. “Salários dignos não apenas motivam os militares, mas também impactam diretamente a qualidade da segurança pública. Profissionais bem remunerados e reconhecidos desempenham suas funções com mais dedicação e eficiência”, afirmou Souza.
Ele também ressaltou que o reajuste pode contribuir para a redução de pedidos de exoneração, atividades paralelas irregulares e até problemas emocionais dentro da corporação.
A proposta solicita a correção dos valores com base nos índices inflacionários acumulados desde a implementação da Lei Complementar nº 224. Segundo o texto, as despesas decorrentes da medida serão custeadas por dotações orçamentárias próprias do Poder Executivo.