O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), realizou nesta terça-feira, 21, uma visita técnica às obras inacabadas do conjunto residencial do Programa de Saneamento Básico da Bacia Estrada Nova (Promaben), localizado no bairro do Jurunas, em Belém.
A primeira fase do projeto havia sido entregue pela gestão anterior sem a autorização do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financiou a obra. À época, o BID desaconselhou a entrega, destacando uma série de irregularidades estruturais e técnicas que tornavam o conjunto residencial inadequado para habitação.
“Os residenciais habitacionais I e II, que estão dentro do Programa da Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova, vão receber os moradores que vão sair da Bernardo Sayão e vir para os seus apartamentos. Então hoje a gente está acompanhando a obra para que sejam concluídas todas as etapas necessárias dos dois habitacionais”, afirmou Deivison Alves, coordenador-geral do Promaben.
O prefeito Igor Normando destacou que, diante das irregularidades encontradas, é essencial acelerar os processos para atender às exigências do BID e garantir a retomada das obras.
“Essa é uma obra importante para a cidade. São 88 famílias que vão ganhar uma nova moradia aqui. Vamos fazer todo o tratamento de água e esgoto da região, a macrodrenagem dessa bacia. Infelizmente, a gestão que me antecedeu entregou os apartamentos sem o ‘habite-se’, sem autorização do BID, que é quem financia essa obra. As famílias ainda não estão morando aqui e nós estamos correndo para que elas possam se mudar o mais rápido possível”, explicou Normando.
O prefeito também informou que o objetivo é concluir a primeira etapa do projeto em até cem dias, possibilitando que as famílias sejam transferidas para os apartamentos de forma adequada e segura.
Em 27 de dezembro de 2024, a gestão anterior inaugurou de maneira incompleta o primeiro Conjunto Habitacional e Comercial na área do Promaben. Na ocasião, o BID enviou diversos documentos à Prefeitura de Belém detalhando os problemas que impediam a entrega dos primeiros 64 apartamentos do Conjunto Habitacional I.
Entre as irregularidades apontadas pelo BID estavam riscos estruturais, ausência de ligação definitiva de água e energia, falta de autorização final do Corpo de Bombeiros e a inexistência do documento de ‘habite-se’, essencial para assegurar a segurança dos moradores.
Foto: Agência Belém