O governador Marcos Rocha (União Brasil) está de férias enquanto uma facção criminosa enfrenta as forças de segurança de Rondônia e aterroriza cidadãos de Porto Velho. Os ataques já duram mais de três dias.
Com a queima de ônibus, os ataques realizados pelo grupo resultaram em cinco mortes e na publicação de um decreto estadual limitando a venda de combustíveis para conter os atos incendiários. O decreto foi assinado pelo vice-governador.
Das cinco pessoas mortas, três foram executadas em ataques na zona leste da capital, e dois suspeitos, supostamente membros da facção, foram mortos em um confronto com a Polícia Militar na zona rural.
E o governador?
Passados três dias desde o início dos ataques da facção, o governador Marcos Rocha não se manifestou nas redes sociais nem oficialmente pelo Governo.
Diante dessa ausência de ações e de um vídeo que circula nas redes sociais, no qual o governador afirma que está no Nordeste, o portal O Fato entrou em contato com a secretária de Comunicação de Marcos Rocha, Rosângela da Silva Aparecida, para questionar se o governador não interromperia as férias diante da grave situação de segurança no estado.
Também foi questionado se algum gabinete de crise seria instalado para atuar frente aos ataques da facção. No entanto, nenhum dos questionamentos foi respondido pela secretária, nem mesmo pelo e-mail oficial da Secretaria de Comunicação do Estado.
Origem dos ataques
A origem da violência está ligada a meses de operações policiais contra o crime organizado no residencial Orgulho do Madeira, um reduto do Comando Vermelho. A execução do cabo da Polícia Militar Fábio Martins, no domingo (12), teria desencadeado uma intensificação dos ataques. Desde então, criminosos têm incendiado veículos, incluindo mais de 26 ônibus, em Porto Velho e cidades do interior, como Ariquemes e Alto Paraíso.
Decreto
Em resposta à crise, o Governo de Rondônia publicou o Decreto nº 29.954, que proíbe a venda de combustíveis em recipientes avulsos, como galões, garrafas de plástico ou vidro, em postos de combustíveis de todo o estado. A medida, que entra em vigor imediatamente e será válida por 90 dias, visa dificultar os ataques incendiários realizados pela facção. O decreto foi assinado pelo vice-governador Sérgio Gonçalves.
Força Nacional
Para reforçar as operações de segurança, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou 60 agentes da Força Nacional, e um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) foi deslocado para auxiliar nas ações. Os recursos permanecerão na região por 90 dias.
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