“Erro da equipe de gabinete”, foi o que afirmou o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) após retirar um requerimento polêmico enviado ao Ministério da Defesa. O documento, protocolado em 4 de setembro, questionava a decisão de autorizar o alistamento militar feminino voluntário para a carreira de soldado.
O parlamentar, que é candidato a prefeito de Manaus com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, voltou atrás em sua posição inicial na terça-feira seguinte. Em nota, Alberto Neto explicou que o requerimento original não havia sido aprovado por ele, atribuindo o ocorrido a um equívoco de sua equipe.
No texto inicial, o deputado expressava preocupações sobre o impacto da participação feminina nas Forças Armadas, mencionando o papel histórico do serviço militar masculino no Brasil. O documento questionava o “verdadeiro propósito” da decisão e indagava sobre possíveis consequências a longo prazo.
Após a retirada do primeiro requerimento, um novo documento foi protocolado nesta terça-feira, 10, adotando uma abordagem diferente. O texto revisado reconhece que o decreto que institui o serviço militar feminino voluntário alinha as Forças Armadas brasileiras com outras democracias globais.
No entanto, o novo requerimento também aponta a necessidade de readequação das instalações militares. Alberto Neto solicita informações sobre os planos de adaptação dos quartéis, detalhes sobre as mudanças previstas e a previsão orçamentária para a implementação do serviço militar feminino.
Alistamento feminino
As regras para o alistamento feminino no Exército, na Marinha e na Aeronáutica foram publicadas pelo governo no final de agosto. A partir do próximo ano, mulheres poderão se alistar voluntariamente, diferentemente dos homens, que são obrigados a se apresentar ao completar 18 anos.