A ex-candidata a deputada federal pelo Amazonas, Adriana Moura de Mendonça, está sendo investigada por suspeita de falsidade ideológica em sua campanha eleitoral de 2022.
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) detectou irregularidades na declaração de locação de um imóvel que teria sido utilizado durante o período eleitoral.
Adriana, que é ex-esposa do ex-vice-governador Henrique Oliveira, declarou ter gasto R$ 35 mil no aluguel de uma casa durante 20 dias de sua campanha. Contudo, uma inspeção feita pelo TRE-AM revelou que o imóvel apontado estava abandonado e não tinha nenhuma relação com o endereço registrado no bairro Armando Mendes, em Manaus.
Essas suspeitas chamaram a atenção do ministro André Ramos Tavares, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acionou o Ministério Público Federal (MPF) para investigar o caso.
A ação foi impulsionada após o TSE rejeitar o recurso especial de Adriana Mendonça, que tentava anular sua condenação por inconsistências na prestação de contas.
Vale destacar que Adriana foi a candidata mais rica a concorrer a uma cadeira de deputada federal pelo Amazonas, recebendo R$ 3 milhões do fundo eleitoral do Pros.
Entretanto, a eficácia financeira de sua campanha foi questionável. Com apenas 240 votos, o custo por voto chegou a aproximadamente R$ 12,5 mil. Em comparação, o deputado federal mais votado naquele ano, Amom Mandel, teve um custo de menos de R$ 2 por voto.
Além da investigação por falsidade ideológica, o TRE-AM também encontrou várias outras irregularidades nas contas de campanha de Adriana. Como resultado, a corte ordenou que ela devolvesse os R$ 3 milhões recebidos do fundo eleitoral aos cofres públicos.