Os trabalhadores da Eletronorte, aderindo a greve nacional dos eletricitários da Eletrobras, paralisaram as atividades hoje, 10, contra a proposta da empresa de reajuste zero, redução de salários e retirada de direitos. A greve é por tempo indeterminado. Os trabalhadores fazem mobilização nas seguintes bases, no Pará: Belém (Guamá), Altamira, Curuá-Una (Santarém), Marabá, Tucuruí e Vila do Conde (Barcarena).
Eletricitários e Eletrobras, privatizada há dois anos, vêm negociando o processo de data-base 2024 desde o mês de abril. Diante da tentativa da Eletrobras de negar reajuste, reduzir salários e excluir cláusulas do acordo coletivo, restou aos trabalhadores entrar em greve a partir desta segunda-feira. As cláusulas do acordo foram conquistadas pelos trabalhadores ao longo de décadas de negociação, paralisações e greves e agora não irão abrir mãos, ainda mais sem qualquer tipo de indenização.
O Coletivo Nacional dos Eletricitários, que negocia com a Eletrobras e do qual o Sindicato dos Urbanitários faz parte, solicitou mediação pré-processual do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A empresa, de forma arrogante e arbitrária, não compareceu à audiência de mediação do conflito, no TST.
“A proposta da Eletrobras é uma afronta aos eletricitários que, ao longo de décadas, construíram a empresa, que gerou o lucro de 4,4 bilhões de reais, em 2024”, informa o dirigente sindical dos Urbanitários do Pará, Jorge Costa. Há ainda denúncias de assédio moral, adoecimento mental e demissões.
O Sindicato dos Urbanitários do Pará, bem como as demais entidades sindicais de trabalhadores das empresas do Grupo Eletrobras garantem, na greve, a manutenção dos serviços essenciais à população. A greve é nacional e foi decidida em assembleias realizadas no dia 5 de junho.
Por Danilo Alves, especial para O FATO (Pará)
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