Na quarta-feira, 12 de julho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras ouviu o testemunho de Glaidson Acácio, também conhecido como “Faraó dos Bitcoins”. Acácio é suspeito de cometer crimes contra o sistema financeiro por meio da empresa GAS Consultoria e Tecnologia.
Durante a CPI, o deputado federal Zé Haroldo Cathedral (PSD), membro titular da comissão e também investidor financeiro, expressou seu desejo de que as vítimas sejam ressarcidas. Ele pediu medidas para garantir que práticas criminosas similares não tenham mais espaço no Brasil.
Zé Haroldo direcionou duras palavras a Glaidson durante a sessão. “O senhor é o típico criminoso desse tipo de negócio e muito articulado, sempre muito articulado. Sempre fala bem, o senhor é frio e manipulador, a figura típica do estelionatário financeiro,” disse o deputado.
Ele ainda fez uma comparação de Glaidson com o conhecido fraudador de Wall Street, Bernard Madoff. “Ele é o Bernard Madoff tupiniquim, digamos assim, ele mente e já mentiu muito aqui nessa CPI. Mente ao dizer que a empresa dele não é uma pirâmide financeira, é uma pirâmide financeira sim,” concluiu o deputado.
A investigação apurou que mais de 60 mil pessoas sofreram prejuízos após investir na GAS. O esquema operado pela empresa teria movimentado cerca de R$ 38 bilhões por meio de indivíduos e corporações, tanto no Brasil como no exterior. As vítimas foram atraídas pela promessa de retorno de 10% ao mês a partir de supostos investimentos em criptomoedas.
A investigação segue em curso, com a CPI das Pirâmides Financeiras em busca de respostas para os investidores prejudicados e medidas para prevenir futuros esquemas fraudulentos.
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