O deputado federal Duda Ramos (MDB) reuniu-se nesta quarta-feira, 12, com o secretário adjunto da Casa Civil do Governo Federal, Pedro Helena Pontual Machado, para discutir a controversa proposta de novas demarcações de áreas de preservação ambiental em Roraima. O parlamentar se opõe veementemente a essa ideia, argumentando que a medida restringiria o crescimento econômico e social da região.
“Roraima possui mais de 70% de suas terras protegidas, ampliar mais áreas de proteção é impossibilitar o crescimento econômico e social da nossa gente. Sou totalmente contra!”, afirmou Ramos. Ele afirma que sua luta é para garantir que Roraima continue a crescer, produzir e gerar renda, proporcionando uma vida digna para todos os seus habitantes.
Durante a reunião, que também contou com a presença do governador Antônio Denarium, o deputado ressaltou as dificuldades da agricultura sob as condições atuais. Além disso, ele argumentou que a proposta de demarcação ampliaria ainda mais a parcela de terras não produtivas.
“Roraima tem menos de 10% de sua área destinada à produção agrícola. Não temos mais margem para novas demarcações e expansões de reservas, de forma alguma”, protestou.
Na avaliação de Ramos, o foco deveria ser a preservação do que já foi designado para as terras indígenas e as unidades de conservação federal e estadual. “Acredito que, se conseguirmos preservar o que já temos de reservas, já será de grande importância. Roraima já contribuiu o suficiente, de maneira significativa”, afirmou o deputado.
Ramos também destacou a insegurança jurídica que a proposta de demarcação traz para o estado. “Quem vai investir em um estado assim? Os investidores, na verdade, pararam de ir para o nosso estado. Estávamos em um crescimento maravilhoso e eles pararam de investir lá”, desabafou.
O deputado finalizou com um apelo à sensibilidade e apoio do Governo Federal, em meio ao dilema que Roraima enfrenta. “Infelizmente, nossas terras produtivas estão sendo invadidas e estamos de mãos atadas em relação a isso. Esperamos contar com a sensibilidade e a ajuda de vocês. Mas nem demarcação nem expansão são viáveis”, concluiu.
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