Durante pronunciamento no retorno à Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) após ter sido afastado pela Justiça do cargo, o vereador Adjalma Gonçalves (SD) acusou o senador Mecias de Jesus (Republicanos) de perseguição.
O vereador foi reconduzido ao cargo na última quinta-feira, 23, após ter sido afastado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR). O partido Republicanos, do qual o senador Mecias de Jesus é presidente, foi o autor do pedido de afastamento de Adjalma alegando infidelidade partidária.
Durante o longo discurso, Adjalma lembrou que no ano de 2018 fez parte da equipe de campanha de Mecias que, disputava uma ao Senado Federal. O atual vereador afirmou ainda que após o período eleitoral, Mecias o teria indicado para um cargo comissionado na Companhia de Água e Esgotos (Caer).
“Evidentemente, todo mundo sabe que a Caer não é o órgão do senador Mecias de Jesus. Porém, eu fui indicado sim por ele. Não só eu, como outros integrantes daquela equipe que fez parte de sua coordenação de campanha”, desabafou.
Já em 2020, Adjalma alega que pediu afastamento Caer para concorrer nas eleições daquele ano pelo Republicanos. Ele obteve 2.047 votos, ele ficou classificado como 1º suplente.
“Eu quero dizer hoje que após a eleição de vereador, em nenhum momento a municipal ou a regional do Republicanos procurou os vereadores e os suplentes para para tratar do futuro do partido dos seus filiados. Mas mesmo assim eu permaneci”, disse.
Ainda durante o longo relato, Adjalma revelou que em 2022, ele pretendeu se candidatar a deputado estadual, mas quando Meciais soube o chamou para uma reunião.
“E assim nós continuamos a conversar e ele disse que eu poderia procurar um partido e sair, porque lá não tinha vaga mais para mim e que não me cabia mais ali no seu grupo. E depois de muita conversa, eu perguntei para ele: ‘senador, a gente não pode ter uma segunda conversa?’ ele respondeu da seguinte forma: ‘sempre é bom uma segunda conversa’”, detalhou.
Adjalma revelou também que voltou ao escritório de Mecias, onde encontrou o Jhonatan de Jesus, filho de Mecias e deputado federal naquela época.
“Eu abordei ele e conversei com ele. E falei com ele que, sim, eu tinha pretensões [de se candidatar], mas ainda não tinha decidido. E ele disse para mim que não tinha muito o que conversar comigo e que, naquele momento, a gente já não estava mais com ele”, disse.
Após sair do escritório de Mecias, o atual vereador afirma que recebeu uma ligação do recursos humanos da Caer e foi exonerado nesta mesma ligação.
“Mas mesmo assim, eu quero aqui, senhor presidente, dizer que permaneci no partido Republicanos. Eu não sai ainda. Mesmo depois de ter sido exonerado dia 10 de janeiro, eu permaneci”.
Da redação
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