A Polícia Civil do Pará (PCPA) prestou apoio operacional à Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) na deflagração da operação “Aposentadoria Segura”, realizada na manhã desta quinta-feira (8). Coordenada pela Delegacia de Defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/SC), a ação teve como objetivo o cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão nas cidades paraenses de Belém, Ananindeua e Capanema, além de Florianópolis, capital catarinense.
As investigações apontam que os suspeitos se passavam por funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para obter dados pessoais das vítimas. Com essas informações, abriam contas bancárias em nome dos beneficiários e contratavam empréstimos consignados, desviando os valores para contas de um dos investigados.
“Durante as nossas investigações, nós conseguimos verificar que os suspeitos se passavam por funcionários do INSS, conseguiam os dados das vítimas e, após abertura de contas em nomes dessas vítimas, faziam empréstimos consignados, transferindo esses valores para as contas de um dos investigados. Logo após, os valores eram distribuídos em diversas outras contas para dificultar o rastreio desses valores”, explicou o delegado Leonardo da Silva, titular da Delegacia de Defraudações da PCSC.
O prejuízo causado às vítimas em Santa Catarina é estimado em cerca de R$ 100 mil. Considerando vítimas de outros estados, o montante pode ultrapassar R$ 10 milhões. Durante a operação, os investigados foram conduzidos às delegacias, e celulares e aparelhos de internet foram apreendidos pelos agentes.
O delegado Gabriel Batista, diretor do Núcleo de Inteligência Policial da PCPA, destacou o trabalho conjunto entre os estados: “A Polícia Civil do Pará prestou apoio operacional à PCSC durante todo o período da operação com levantamento de endereços, identificação atualizada dos alvos, bem como no cumprimento dos mandados. A PCPA reafirma a parceria com as polícias civis de outras unidades da federação e com o compromisso com a segurança pública”.
Participaram da ação agentes do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), da Diretoria de Polícia Especializada (DPE), da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Após prestarem depoimento, os envolvidos foram liberados. Parte dos celulares apreendidos foi devolvida, enquanto outros permanecem retidos para auxiliar em etapas futuras da investigação.