A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 7, a Operação Vanglória, com o objetivo de desmantelar um suposto esquema de comércio ilegal de ouro. A operação é focada em investigar suspeitas de que empresas fantasmas tenham sido usadas para movimentar mais de R$ 80 milhões oriundos da comercialização de ouro ilegal.
A 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima autorizou a emissão de três mandados de busca e apreensão como parte da operação.
As investigações iniciaram após o recebimento de informações que ligariam um empresário de origem guianense, que atua na exploração de minas em seu país, a atividades ilícitas no Brasil. Segundo os investigadores, o empresário seria proprietário de uma empresa que, oficialmente, atuaria no comércio de gêneros alimentícios. No entanto, no endereço registrado em Manaus, Amazonas, foi encontrado apenas uma loja de veículos com outro CNPJ.
Além disso, o empresário guianense supostamente se vale de um sócio brasileiro para movimentar grandes somas de dinheiro através de outras empresas fantasmas. Uma dessas empresas, cuja atividade registrada seria o comércio de insumos hospitalares, teria movimentado mais de R$ 60 milhões, apesar de não apresentar qualquer atividade no endereço cadastrado.
A operação busca esclarecer se os valores movimentados tem origem apenas em atividades de contrabando de ouro oriundo da Guiana ou se o empresário estaria explorando ilegalmente minas em áreas indígenas no estado de Roraima.
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